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Projetos de reforço escolar registram resultados positivos em Apcefs pelo país
Na busca por uma diretriz nacional comum para valorizar a aprendizagem escolar e curricular de crianças e adolescentes das comunidades em situação de vulnerabilidade social, sobretudo as situadas nas proximidades das Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), a educação é a base e traz a possibilidade de arquitetar, conceber e plasmar o que está por vir. Isso pelo menos é o que propõe três projetos no segmento educacional, resultado da parceria da Fenae e Apcefs com a Moradia e Cidadania, desenvolvidos no Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. O objetivo é o de sempre: fazer a diferença para a população de menor renda e que fica próxima às sedes das três associações.
Essa perspectiva coincide com o que aponta o pensador francês Edgar Morin, para quem “a educação deve ser um despertar para a filosofia, para a literatura, para a música, para as artes. É isso que a faz preencher a vida e esse é o seu verdadeiro papel”. A importância do ensino escolar para alunos de comunidades carentes, não tanto para que respostas sejam encontradas, mas para fomentar a investigação e a pluralidade de possíveis caminhos, reflete o espírito do Dia Internacional da Educação, data comemorativa que, no Brasil, foi celebrada no último dia 28 de abril.
Historicamente, o Dia Internacional da Educação ficou conhecido depois da assinatura de um compromisso diplomático entre líderes de 164 países, incluindo o Brasil, a fim de assegurar o desenvolvimento da educação no mundo. Tudo aconteceu durante o Fórum Mundial de Educação, realizado no ano 2000 em Dacar, no Senegal, firmado em documento no qual foi estabelecido um acordo para garantir melhorias na educação.
É certo que, para a educação conseguir cumprir as diretrizes estabelecidas pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Fenae e as Apcefs, sempre em parceria com a Moradia e Cidadania, defendem ser necessárias políticas públicas que permitam o fornecimento de um ensino de qualidade para garantir inclusão e conhecimento a toda a população. Os projetos desenvolvidos pelas associações do Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte visam resgatar o caminho do diálogo contínuo da aventura da informação e do conhecimento combinados, de modo a que a escola, baseada em um ensino mais interligado e multidisciplinar, passe a dar conta de se adaptar a uma nova autonomia dos jovens, notadamente as crianças e adolescentes que estão situadas em comunidades carentes.
Apcef/AP: reforço escolar
Na Apcef do Amapá, o projeto de reforço escolar “Educar é um risco de liberdade e autonomia” dá os primeiros passos para fortalecer os vínculos das crianças e adolescentes com suas famílias, consistindo em melhorar o desempenho escolar dos alunos que residem nos bairros Universidade e Zerão, em Macapá. O foco é o público de estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem na leitura, escrita, interpretação de textos e cálculos matemáticos, envolvendo ao mesmo tempo a família e a escola, de modo a contribuir para que se desenvolvam satisfatoriamente e superem, assim, as dificuldades de aprendizagem.
A iniciativa beneficia crianças e adolescentes na faixa etária de 8 a 15 anos, que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social, cujas famílias registram renda igual ou inferior a um salário-mínimo, vivendo em condições de desvantagem na sociedade local. “Acreditamos que pequenas ações podem mudar o mundo. No Amapá, a parceria entre Fenae, Apcef e Moradia e Cidadania tem promovido a responsabilidade social junto à população em situação de vulnerabilidade. Há projeto de reforço escolar com ênfase em educação para a liberdade e para a autonomia, assim como projeto de horta comunitária que incentiva a geração de renda, além de iniciativas de distribuição de cestas, com o propósito de levar alimentos a várias comunidades carentes, mirando o combate à miséria”, pondera Erika Patrizia Barros Paiva de Carvalho, presidenta da Apcef/AP.
Segundo Erika de Carvalho, a missão da associação amapaense é sensibilizar a sociedade a apoiar as ações das empregadas e dos empregados da Caixa no estado. “Isso, aliás, possibilita que o movimento associativo avance cada vez mais”, pontua.
A coordenadora estadual da Moradia e Cidadania no Amapá, Joana Lustosa, esclarece que, durante os dois meses em que o projeto tem sido executado pelo Centro de Solidariedade João Paulo II, com resultados satisfatórios, a participação das crianças e adolescentes tem feito toda a diferença, a ponto do aprendizado e da caligrafia estarem sendo fantásticos. Ela diz que um dos saldos tem sido a melhora de alguns dos participantes no rendimento em língua portuguesa, o que vem causando muita motivação. “Relevante ainda é o impacto positivo que as ações vêm gerando em todas as famílias das crianças e adolescentes atendidas”, acrescenta.
Uma constatação: a união entre representantes do movimento dos empregados e das empregadas da Caixa tem tornado possível a execução de projetos como o “Educar é um risco de liberdade e autonomia”, o que mostra ser essencial a parceria da Fenae e da Apcef/AP com a Moradia e Cidadania. No Amapá, por trás dessa iniciativa de responsabilidade social, encontra-se a compreensão de que a educação é o caminho para mudar o mundo e para oferecer esperança de vida diferente a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Essa semente de mudança só é possível graças à unidade de todos os agentes envolvidos”, resume Joana Lustosa.
Mais reforço escolar na Apcef/RJ
Executado em parceria da Fenae e da Apcef/RJ com a Moradia e Cidadania, como parte da agenda de ações de desenvolvimento sustentável, a segunda versão do projeto “Reforçando o saber e a vida” oferece aulas de reforço escolar para crianças de 6 a 12 anos, moradoras da comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, todos alunos de escolas públicas da região. Também são oferecidas aulas de flauta articuladas com atividades de esporte e lazer.
A segunda etapa do projeto “Reforçando o saber e a vida” recebe a coordenação da Apcef do Rio de Janeiro e conta com ação direta da Moradia e Cidadania, estando estabelecida também a parceria com o Instituto Casa Plena, a quem cabe executá-lo. Até o momento, os resultados são muito positivos e estão refletidos no fato de que as crianças adoram estar na sala de aula, não gostam de faltar às aulas e sempre dizem que apreciam muito aprender e estudar.
No bojo do projeto da parceria da Fenae e da Apcef/RJ com a Moradia e Cidadania, o registro educacional é de que o reforço se mostra essencial para a melhoria do rendimento escolar, pois cada aluno tem as suas dúvidas esclarecidas individualmente. Prova disso é que as aulas de Português e Matemática são realizadas às terças e quintas, no período da manhã e da tarde. “Essa iniciativa tem sido importante para resgatar crianças que não sabiam ler e escrever, mas hoje estão em processo acelerado de aprendizagem”, argumenta Paulo César Matileti, presidente da Apcef/RJ. A ação, segundo ele, visa o resgate das crianças e junto às famílias.
Matileti explica que a segunda etapa do projeto carioca começou em janeiro de 2023 e será concluído entre dezembro deste ano e janeiro de 2024. Segundo o presidente da Apcef/RJ, o projeto é de suma importância, sobretudo por focar no resgate social através do saber e da educação. “Isso se articula até mesmo com um eficiente trabalho de alfabetização, com repercussão positiva na comunidade de Rio das Pedras”, reitera.
Essa ideia é reforçada por Mara Luísa Alvim Motta, coordenadora estadual da Moradia e Cidadania do Rio de Janeiro. Ela afirma que os alunos têm avançado bastante no seu desenvolvimento escolar, pois contam com uma biblioteca com vários livros, podendo semanalmente levá-los para ler em casa. E complementa: “Estimular o hábito da leitura é importante para a melhoria do vocabulário e da escrita. Nas aulas de Matemática, por exemplo, as professoras procuram entender as maiores dificuldades de cada aluno, buscando assim promover jogos e atividades lúdicas que resultem em melhor aprendizado e maior desempenho escolar”.
O espaço da sede campestre da Apcef/RJ, em Jacarepaguá, é também disponibilizado para as atividades de lazer que são realizadas a cada dois meses.
Apcef/RN: a vez da escolinha de futebol
Unidade, projeto, solidariedade e sustentabilidade estão servindo de base para o uso da prática esportiva do futebol como ferramenta para o desenvolvimento de crianças carentes em comunidades que apresentam situação de vulnerabilidade social. Esse é o principal objetivo do projeto “Escolinha de futebol” que a Fenae, a Apcef do Rio Grande do Norte e a Moradia e Cidadania vêm executando na região de Pium, no município de Parnamirim (RN). O local funciona como caminho percorrido pelas pessoas que frequentam as praias da Zona Sul do estado, circundadas por uma comunidade muito carente.
A ação dá oportunidade de crescimento socioeducativo e permite desenvolvimento social, respeito e socialização a crianças e adolescentes colocadas em situação de vulnerabilidade. Executado em favor de alunos de escolas públicas da comunidade de Pium, o projeto “Escolinha de futebol” mira alternativas de convívio saudável em um ambiente diferenciado, gerando expectativa de mudança de vida e de um futuro melhor para as crianças e para os adolescentes.
Consiste no seguinte: as crianças e os adolescentes são levadas pelos pais ou responsáveis até a sede da Apcef/RN, local das aulas. Ali assistem a palestras cujo conteúdo contempla a valorização da vida, o respeito à família, o resgate da autoestima, mas tudo feito de forma lúdica e leve. Os treinos observam as fases e faixa etária das crianças, focando em atividades de atenção e concentração, através de minijogos com objetivos específicos, visando ainda disciplina e respeito a colegas e familiares.
Registre-se também que há avaliações periódicas sobre o desenvolvimento escolar dos participantes do projeto. Para permanecer no “Escolinha de futebol”, que funciona com time misto de meninas e meninos de 8 a 12 anos, há a exigência de que a criança apresente desempenho satisfatório na escola. São 30 beneficiados. As aulas acontecem sempre aos sábados pela manhã, com a chance de todos participarem. Os alunos se mostram gratos por integrarem o projeto da parceria da Fenae e da Apcef/RN com a Moradia e Cidadania.
Paralelamente ao “Escolinha de futebol”, outras atividades são desenvolvidas com os pais dos alunos. Isso tem a ver com dança, para permitir que os pais deixem a lateralidade das quadras quando o projeto esportivo estiver sendo executado, o que muito facilita a ação em desenvolvimento sustentável com as crianças e os adolescentes. O público-alvo das aulas de dança são as mães. Ao final de cada etapa, um lanche é oferecido a todos os participantes.
Para Urbano Guedes de Moura, presidente da Apcef/RN, a importância do projeto “Escolinha de futebol”, em parceria com a Moradia e Cidadania, está relacionada ao crescimento do trabalho social da associação norte-rio-grandense. “O esporte representa parte significativa do processo educacional, naquilo que leva, sobretudo, à disciplina dos alunos e faz o resgate da cidadania”, salienta. Ele informa que é de um ano a duração desse projeto. Começou a ser executado no início de janeiro de 2023 e vai até o fim de dezembro deste ano ou início de 2024.
Existem muita alegria e satisfação com as atividades propostas. “O projeto ‘Escolinha de futebol’ vem para somar, para incentivar a união entre os participantes, de modo a provocar crescimento dos alunos, mostrando-lhes uma educação complementar à escola e que a partir dali eles podem vislumbrar um futuro melhor”, opina Antônia Maria Altenizia, coordenadora estadual da Moradia e Cidadania no Rio Grande do Norte.
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